Foto:TV Câmara (Reprodução)
Professores e outras categorias de servidores do Executivo estiveram na sessão de terça-feira, protestando contra a reforma da Previdência
Em sessão extraordinária, a Câmara de Santa Maria aprovou, na terça-feira (11), reposição salarial de 5,48%, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a servidores, cargos em comissão (CCs), pensionistas e aposentados – só vereadores não recebem o percentual. Por acordo de líderes, o projeto foi incluído na pauta na terça-feira e votado no mesmo dia com a realização de duas sessões. A aprovação foi por unanimidade dos 15 parlamentares presentes na sessão extraordinária, e o reajuste é retroativo ao mês de março.
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A direção da Casa justificou que, além de ser um direito constitucional, a revisão geral anual cumpre todos os requisitos legais e financeiros, uma vez que "o Poder Legislativo tem recursos próprios" para bancá-la.
Na sessão de terça-feira, professores e outras categorias de servidores municipais (foto) estavam nas galerias com cartazes protestando contra a reforma da Previdência. Inclusive, parlamentares, de direita e esquerda, foram à Tribuna se posicionar contra a proposta com muitas críticas ao governo Rodrigo Decimo (PSD) quanto à falta de articulação para tratar do tema. E receberam aplausos dos manifestantes.
Contradição do discurso
Não deixa de ser uma contradição: ao mesmo tempo em que parlamentares se solidarizavam com a causa dos servidores da prefeitura de Santa Maria, que não terão reposição salarial em 2025 e, talvez, receberão o 13º salário parcelado devido às dificuldades financeiras do Executivo, votaram rapidamente a revisão do funcionalismo e cargos de confiança da Câmara. De fato, o Legislativo tem um orçamento próprio, porém a fonte é uma só: recurso público. Este ano, o Legislativo aprovou uma cota em dinheiro para os vereadores e a criação de 21 assessores, comprovando que a Casa Legislativa vive em um mundo aparte.